2018 2022 2024

OFICINAS

 

O Fotofestival SOLAR, em parceria com a IMAGINÁRIA_festa do fotolivro, realiza as seguintes oficinas

 

ESCRITAS DE SI, com Juliana Monteiro
11 e 13 de dezembro, das 10h às 12h
Ateliê 3 da Pinacoteca do Ceará
12 vagas

As pessoas participantes serão convidados a criar e a refletir sobre as relações entre experiências pessoais e escolhas criativas a partir de livros escritos com palavras e/ou com imagens fotográficas. Para isso, durante os encontros, serão ampliadas as reflexões sobre os percursos de significação que se ampliam diante dessas duas linguagens expressivas. Tendo como base poéticas artísticas que escrevem sobre suas próprias vivências, em diferentes gêneros textuais, os encontros promoverão reflexões entre a vida e a arte. Nesta perspectiva, a literatura e a fotografia servem como base para um diálogo sobre si, alguém que se reconhece diante de desigualdades e de individualidades; juntos, textos literários e visuais compõem o cenário que acolhe os participantes.

Sobre Juliana Monteiro 
Juliana Monteiro nasceu no Rio de Janeiro, em 1981, e vive em São Paulo, onde cursou Linguística (USP), especializou-se em Comunicação (ESPM) e estuda narrativas fotográficas no mestrado em Estética e História da Arte (MAC-USP). A infância, a impermanência e a dinâmica entre palavra e imagem são eixos presentes em sua observação artística, que se vale da fotografia e da palavra como principais formas de dizer. Participou de exposições coletivas em galerias e em museus, além de residência artística nacional e internacional. É autora dos livros de artista Pandora (2020), Aprendiz (2021), Caderno de anotações (2022), Problemas de linguística geral (2024) e dos livros-objeto Queira receber como recordação (2022) e Álbum (2024). É coautora, juntamente com o escritor João Anzanello Carrascoza, do Catálogo de Perdas (ed. SESI-2017), obra contemplada pelo Rumos, finalista do prêmio Jabuti e vencedora do FNLIJ, e do livro Fronteiras visíveis, publicado em 2023 pela editora Maralto. Pela mesma editora, em 2024, publicou A infância de Joana, livro escrito pela Mariana Ianelli, com fotografias de Juliana.

Selecionados

Lucilene Parente / Cristina  Zarur / João Batista de Sousa / Andressa Hadig Chaves Haidar Sousa / Diana Géssica Duarte Abreu / Sabrina Moura / Aracy Frutuoso / Renata Perez / Brenda Miranda / Aline Lima Rodrigues / Thayná Facó / Fernanda Costa / Aluísio Lima / Clarisse Nascimento / Fatima Gadioli Cipolla


EDIÇÃO E INCISÃO com Musuk Nolte
11 de dezembro, de 10h às 13h
12 de dezembro, de 10h às 12h

Ateliê 2 da Pinacoteca do Ceará
10 vagas

A oficina propõe duas sessões de trabalho de edição, nas quais serão compartilhadas diferentes estratégias e perspectivas para editar e organizar um projeto fotográfico para fins editoriais. Trabalharemos com o material fotográfico trazido pelas pessoas participantes, propondo diversos desafios de edição criativa. Cada pessoa deverá trazer uma seleção de 80 a 100 imagens impressas no formato 10x15 cm, que serão trabalhadas coletivamente durante a oficina.

Sobre Musuk Nolte 
Musuk Nolte é um fotógrafo e editor de origem mexicano-peruana, cujo trabalho abrange os âmbitos documental e artístico, abordando problemas sociais, políticos e ambientais.

Nolte obteve reconhecimento através de vários prêmios e bolsas, incluindo o World Press Photo, Magnum Foundation, Pulitzer Center, FONCA, Bertha Foundation, entre outros.

Desde 2013, Musuk é cofundador e diretor da KWY Ediciones, um projeto editorial independente para a fotografia latino-americana. Os livros de KWY fizeram parte dos principais festivais e encontros de fotolivros como Parisphoto, Polycopies, "Fenómeno Fotolibro" (CCCB), "Clap 10x10" (Aperture Foundation) e "MoMA's Favorite Photobooks".

Até o momento publicaram mais de 35 livros de autores como Juanita Escobar, Yael Martinez, Rodrigo Abd, Cesar Rodriguez, Mauricio Toro-Goya, Billy Hare, Johis Alarcon, Antoine D'Agatha, entre outros. Foram finalistas em duas oportunidades do prêmio Aperture, vencedores duas vezes do prêmio FELIFA. Além disso, fazem parte de coleções e bibliotecas como o MoMa, a Universidade Cornell, a UC San Diego, entre outras. Em 2022, KWY recebeu o prêmio Michael Canne.

Atualmente acaba de publicar seu último livro, “Las pertenencias del aire”, um ensaio sobre a ayahuasca em diálogo com uma matriz documental desenvolvida na Amazônia em viagens por vários rios.

Selecionados

Nicolas Gondim Oliveira / Letícia Vendrame  / Beatriz Pontes / Beatriz Benitez / Leonardo Zingano / Rodrigo Koraicho / Emrah Kartal / Sinclair Ferreira Maia  / Fernando Jorge / Pablo Pinheiro


QUERO DIZER DO MISTÉRIO, com Marília Oliveira e Régis Amora
11 e 12 de dezembro, das 9h às 12h30
13 de dezembro, das 9h às 12h 

KUYA - Centro de Design do Ceará
10 vagas

Na oficina “Quero dizer do mistério”, partimos  do disco LEGAL, de Gal Costa, lançado em 1970, no auge da ditadura militar e, após um sobrevoo por suas canções, nos detemos à  canção Minimistério, de Gilberto Gil, para experimentar uma ação de edição coletiva em que os não ditos, o invisível, o incompreensível e a opacidade do cotidiano têm lugar. 

Os artistas-fotógrafos participantes da oficina são convidados a levar ensaios autorais que de algum modo dialogam com as opacidades do cotidiano, os não ditos, os escondidos ou, como canta Gal, com “o seu minimistério interior” e encontram, neste processo, imagens propostas por Marília e Régis, retiradas do site do IBGE e de outras fontes de domínio público, que remontam ao período da ditadura militar para um trabalho coletivo de edição. Compondo um fotolivro coletivo, o trabalho será o de escavar texturas, olhar para as sombras, investigar possibilidades narrativas em sobreposições temporais: o antes e o agora se encontram nas imagens que dialogam com o álbum de Gal Costa e seu período histórico e com o agora das produções fotográficas dos participantes.??

O trabalho se organiza em dois dias de prática editorial e um dia de impressão dos volumes da publicação. Após esta finalização, podem ser discutidas formas de circulação da publicação no festival.

Sobre Marília Oliveira e Régis Amora
Marília Oliveira é cearense de São Benedito, interessada em autoficção, memória, narrativa, imagem e palavra. Doutoranda em artes visuais pela UFBA e mestra em comunicação pela UFC, atualmente pesquisa imagem e imaginação, fabulação crítica, o visível e o invisível na imagem fotográfica. Tem quatro fotolivros publicados e participou de exposições coletivas e mostras no Brasil, na França, em Portugal e na Espanha. Participou de residências artísticas pelo país. Atua como curadora.

Régis Amora é um artista que investiga as relações entre arquivo, memória e performatividades de gênero em seu trabalho. Membro fundador do Descoletivo. Finalista do prêmio La Salita, na Espanha. Em 2016 teve a exposição individual Cine Casa como parte da Seção Oficial do Festival Outono Fotográfico, na Galícia. Em 2018 foi premiado no 69º Salão de Abril. Em 2022 lança o fotolivro Atlas drag pela editora {lp} press. No mesmo ano, vence o Prêmio Lovely na categoria Fotolivro com o trabalho Cine Casa. Atua como curador. Atualmente, apresenta o projeto Imagens Sonoras no Museu da Fotografia Fortaleza.

Selecionados

Natália Rocha / Geovane Gomes de Araújo / Viktor Braga / Marcelle Victoria Marcos Ferreira / Vinicius Costa Lima de Oliveira / João Ferreira Lima Neto / Janderson Galvíncio de Azevedo / Camila Vannucci / Ícaro dos Reis Monteiro


UM FUTON SOLAR, com Shinji Nagabe
11 a 13 de dezembro, das 10 às 13h
Ateliê da Pinacoteca do Ceará
15 vagas

Um “futon” é um tipo de colchão tradicionalmente usado no Japão, feito de camadas de algodão e utilizado diretamente no chão. Ele é dobrável, prático e, ao mesmo tempo, simboliza simplicidade e aconchego. Mais do que um simples colchão, o futon carrega em si a essência do conforto e da hospitalidade japonesa.

Em tempos marcados por tragédias, guerras e pessimismo, é essencial falar de amor, generosidade e esperança. A oficina será um espaço de criação manual e também um momento de troca de reflexões sobre como podemos nos expressar visualmente em meio a um cenário global de adversidades. Cada imagem será uma expressão de carinho e acolhimento, e o processo de costura do futon se tornará um ato simbólico de cura e conexão.

Sobre Shinji Nagabe 
Shinji Nagabe é um artista visual brasileiro, de origem japonesa, que vive na Europa desde 2014. Sua trajetória artística foi profundamente marcada pelos desafios da migração e pela busca de identidade. Essa luta pela preservação e transformação de sua identidade se tornou um tema central em seu trabalho, onde ele explora diversas trajetórias e costumes que moldaram sua própria personalidade.

Reconhecido pelo uso inovador de materiais acessíveis e industrializados, que ele combina com sua experiência como jornalista e fotógrafo para criar obras de arte únicas e provocativas. Suas obras desafiam noções convencionais de identidade e pertencimento, convidando o público a refletir sobre as interseções culturais e os paradoxos da sociedade globalizada.

Selecionados

Zuleika de Souza / Beatriz Almeida / Alessandra Sposetti / Henrique Fujikawa / Janderson Galvíncio de Azevedo / Luana Lorena / Paula Geórgia Viana Fernandes / Mel Guaraciara  / Debora Lie Higa / Ricardo Tokugawa / Simone Barreto 


ZINE EXPRESSO, Lombada
15 de dezembro, das 11h às 15h
Estação das Artes (Ordem de chegada) 

Idealizado pelo Lombada, o Zine Expresso é uma oficina de criação de livretos com imagens arquivadas nos celulares. Na dinâmica, as pessoas participantes são convidadas a usar as próprias fotografias para editar, montar e imprimir um pequeno zine composto pelo sequenciamento imagético que conte a história que for desejada. A iniciativa tem como meta levar para os espaços públicos reflexões sobre arte e práticas criativas. Oferecida gratuitamente e sem pré-requisitos, a atividade visa promover conexões entre pessoas e a linguagem visual do zine, estimulando a criatividade e a expressão pessoal por meio de imagens impressas. 

Sobre Lombada
LOMBADA é um grupo voltado à discussão, criação e edição de trabalhos que dialogam com o universo da imagem. O propósito do coletivo é estreitar laços, promovendo e fomentando trocas acerca de nossas referências e obras, para tornar nossos processos e produções mais potentes e menos solitários.